Sabor com a cara e o tempero da Amazônia

Luca Harzög* Abrajet - Acre

A grandeza da maior floresta tropical reflete também na culinária. Com a grande variedade de ingredientes de sabores característicos, a culinária regional apropria-se de pratos trazidos pelos habitantes de outras regiões e dá um toque amazônico a eles. Foi o que aconteceu com o canelone, prato típico da cozinha italiana, que ganhou o tambaqui desfiado, em substituição à carne, acompanhado de molho de castanha da Amazônia.

Esta proposta, feita pelo restaurante Pão de Queijo, foi a vencedora do concurso Nacional Brasil Sabor, realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no ano de 2008. O objetivo do concurso é revelar e divulgar, por todo país, os diferentes sabores que fazem parte da culinária brasileira.

Engana-se, porém, quem acredita que para por aí. O grande destaque do restaurante este ano é o arroz preto. Originário da China, onde é cultivado há mais de 4 mil anos, é reconhecido pelas suas qualidades nutritivas. Possui 20% a mais de proteínas e 30% a mais de fibras do que o arroz integral, este apontado, por nutricionistas, como mais nutritivo que o arroz polido.

Por conta destas características nutritivas, atribui-se ao arroz preto as propriedades de auxiliar na formação do sangue, retardar o envelhecimento precoce, prevenir a hipertensão arterial, o diabetes, além de melhorar a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro e dos tecidos. Acrescenta-se também à lista de benefícios citados por defensores do uso deste arroz, a prevenção da prisão de ventre, bem como de distúrbios metabólicos que podem ocasionar degeneração celular e doenças malignas.

Denise Borges, proprietária do restaurante, acrescenta que, em conseqüência destas propriedades, ele pode ser reconhecido como afrodisíaco. Com mais esta novidade, o restaurante Pão de Queijo procura explorar novos sabores, dando um toque amazônico aos pratos e ingredientes vindos de outros lugares.

*Estudante do 5º período do curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFAC – Universidade Federal do Acre.

Fotos: Marcos Vicenti/Amazôniaphotos